10.3.11

Porquê?



Eu sonhei
Que eu estava exatamente aqui
Olhando pra você!
Olhando pra você!
Exatamente aqui

Você não sabe
Mas eu tava exatamente aqui
Olhando pra você!
Você não sabe
Mas eu tava exatamente aqui

Pronto para despertar
Prestes mesmo de explodir
Fardo para não voltar
Pranto para estancar
Luto para acordar
Tonto de tanto te ver
Perto mesmo de explodir
Prestes a saber porquê

Porquê um raio cai?
Porquê o sol se vai?
Se a nuvem vem também
Porquê você não vem?

Pronto para despertar
Perto mesmo de explodir
Então me diz porquê?
Porquê o raio cai?
Porquê o sol de vai?
Se a nuvem vem também
Porquê você não vem?

Porquê “talvez” ficar assim
Sonhando separado
Se no fundo a gente quer
O dia a dia lado a lado
Eu não vou deixar que o medo nos impeça de se aproximar
Pra ter um fim toda a estória
Tinha quem começar
Então me diz porquê
Porquê o raio cai?
Porquê o sol se vai?
Se não é pra gente perceber
Que é assim que se faz?
Porquê o sol se vai?
A gente assim assim
Sonhando separado
Se no fundo a gente quer
O dia a dia lado a lado
Eu não vou deixar você com esse medo de se aproximar
Pra ter o fim toda estória um dia tem que começar
Nada a ver a gente se conter
Se as ondas desse mar
Não param de bater
Se as ondas desse mar
Não param de mostrar você no meu olhar

Me diz porquê?
Porquê o raio cai?
Porquê o sol se vai?

É natural que seja assim
Você aí e eu aqui!
Exatamente aqui!

27.2.11



Entre gargalhadas e raios de sol
De olhos fechados vejo mais além...

24.1.11

De porta fechada, é como quero ficar
De porta fechada, para ninguem entrar
De porta fechada, só com o que penso
De porta fechada, rezo ao bom senso

Helena Vitória

23.1.11


"A ponte não é de concreto, não é de ferro

Não é de cimento

A ponte é até onde vai o meu pensamento

A ponte não é para ir nem pra voltar

A ponte é somente pra atravessar

Caminhar sobre as águas desse momento

Lenine e Lula Queiroga

Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.

14/02/1933

(Odes de Ricardo Reis)
Eu espero...
Uma viagem metaforica pelo fio da vida_____________________________________________...

http://static.publico.clix.pt/fotogalerias/letrapequena/euespero.aspx

Posso dizer que é um livro da e para a vida.


Autor: Davide Cali
Ilustrador: Serge Bloch
Tradutor: Miguel Gouveia
Editor: Bruaá

15.1.11



Porque a música me faz voar e muito mais...


I carry your heart with me ( i carry it in
my heart). I am never without it ( anywhere

I go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)
I fear
no fate (for you are my fate, my sweet) I want
no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud

and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart


I carry your heart ( I carry it in my heart)


Trago o teu coração comigo (guardo-o dentro
do meu coração) nunca o deixei noutro lugar (onde quer
que vá, vais comigo, meu amor; e o quer que seja feito
apenas por mim, é por ti feito, minha querida) temerei


jamais qualquer destino (pois és o meu destino, minha doçura) quererei
jamais qualquer mundo (que a tua formosura é todo o meu mundo, minha verdade)
e és tu o que uma lua sempre possa ter significado
e o quer que tenha sempre um sol cantado, és tu


aqui está o mais profundo segredo a todos velado
(aqui está a raiz da raiz e o botão do botão
e as alturas das alturas de uma árvore chamada vida; que cresce
para além do que a alma pode esperar ou o pensamento esconder)
e é esta a maravilha que mantém as estrelas separadas


Trago o teu coração (guardo-o dentro do meu coração)

E. E. Cummings

9.1.11

Saudade


Esta palavra saudade

Sete letras de ternura
Sete letras de ansiedade
E outras tantas de aventura
Esta palavra saudade
A mais bela e a mais pura
Sete letras de verdade
E outras tantas, de loucura
Sete pedras, sete cardos
Sete facas e punhais
Sete beijos que são nados
Sete pecados mortais
Esta palavra saudade
Dói no corpo devagar
Quando a gente se levanta, fica na cama a chorar
Esta palavra saudade
Sabe a sumo de limão
Tem um travo de amargura,
Que nasceu no coração
Ai palavra amarga e doce estrangulada na garganta
Palavra com se fosse o silêncio, que se canta
Meu cavalo imenso e louco a galopar na distância
Entre o muito e entre o pouco, que me afasta da infância
Esta palavra saudade é a mais prenha de pranto, como um filho nascesse
Por termos sofrido tanto


Por termos sofrido tanto
É que a saudade está viva
São sete letras de encanto
Sete letras por enquanto,
Enquanto a gente for viva


Esta palavra saudade sabe ao gosto das amoras
Cada vez que tu não vens, cada vez que tu demoras
Ai palavra amarga e doce, debruçada na idade
Palavra como se fossemos resto de mocidade
Marcada por sete letras a ferro e a fogo no tempo
Ai, palavra dos poetas que a disparam contra o vento
Esta palavra saudade dói no corpo devagar
Quando a gente se levanta fica na cama a chorar

Por termos sofrido tanto
É que a saudade está viva
São sete letras de encanto
Sete letras por enquanto,
Enquanto a gente for viva

Sete Letras - J. C. Ary dos Santos, cantado por Simone de Oliveira

Pelos meu passos vou...
... ao encontro dos teus.

7.1.11

Não posso adiar este braço

que é uma arma de dois gumes

amor e ódio

Não posso adiar

ainda que a noite pese séculos sobre as costas

e a aurora indecisa demore

não posso adiar para outro século a minha vida

António Ramos Rosa

6.1.11

Follow your common sense
You cannot hide yourself
Behind a fairytale forever and ever


Annie Leibovitz

4.1.11

Desde que haja Amor...