Estacionaram à porta do café, numa enorme viatura, daquelas que não necessitam de carta (porquê)... Enfim.... Abrem a porta e entram no estabelecimento. Ele de look descontraído, o confortável fato de treino, não há nada como a liberdade de movimentos. Ela de look... de look... não palavras que definam, mas vou tentar. Longo cabelo loiro com franja curta, rosto redondo, corpo muito redondo, mas nada que a impeça de vestir um belo vestido curto, padrão toalha de mesa (verde e branco, finos quadrados), andar sedutor, pezinho virado para fora e muito orgulho peitoral... Sentam-se, sem trocar uma palavra, o café chega à mesa como por magia... e num movimento mecanizado, rasgam o pacote de açúcar, despejam-no na bica, mexem com frenesim, lambem a colher pousam-na no pires e, como se de um numero de circo se tratasse, pegam na chávena só com dois dedinhos, xarammmmm, e para terminar em grande qual acrobatas, mantêm o dedo mindinho erecto até ao final do acto. Quando pousaram a chávena tive vontade de aplaudir mas, controlei-me...
2 comentários:
Essa não rara espécie, que volta e meia dá à costa das nossas mesas de cafetaria, não me deixa igualmente de surpreender. Fico igualmente absorto, quando ele, baloiçando ao longo da cadeira,com os dedos anafados faz tilintar, o molho de chaves, as moedas, ou mesmo ambos, no laxo bolso das calças.
Curioso e encantador, é constatar que tal cacarejo algibeiral parece contribuir, não só para o sorriso confiante que lhe acompanha os comentários da bola ou mesmo uma qualquer opinião burdajona, mas igualmente para a pose de enfado orgulhoso da sua gorda, dita esposa, que de olhos postos na mais nova igualmente bexigosa, pede uma bola de Berlim, e afaga o cabelo fino e já olioso da do meio... Se eu fosse E.T. não largava o pé da minha mãe até que ela me comprasse um humano para o natal.
Digno de ser visto e descrito!!! Só me vinha à idéia um bando de leões a olhar fixamente a presa do outro lado das grades.....
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